Matéria exibida no portal VR News em 15/09/17

Por Amanda Lyra (cultura)

Ela é linda, dona de uma voz poderosa e muita presença de palco. Johaine Droppa vem se destacando no cenário curitibano com sua música autêntica, cheia de atitude e com letras muito distintas do que rola nos veículos de comunicação em massa. Na contramão do comum, ela veio pra mostrar que o rock não morreu e tem muito a contribuir aos ouvidos de bom gosto.

Conheça mais sobre a carreira, os planos e particularidades de Johaine Droppa em uma entrevista excluisiva para a Clave do Som do VRNews:

VRNews: Como foi seu primeiro contato com a música?

Desde muito pequena comecei na vida musical. Por influência do meu pai, que toca piano, fiz aulas de flauta e piano ainda criança. Aos 12 passei para aulas de guitarra. Sentindo a necessidade de cantar também, procurei aulas de técnica vocal aos 15. Com uns 16 anos de idade já estava dando algumas canjas em alguns bares de Curitiba. Foi paixão na certa.

Foto: arquivo pessoal

VRNews: O que você lembra da primeira vez que tocou uma música inteira?

Foi ainda adolescente, em uma apresentação de escola de música. Estava muito nervosa. Mas após subir no palco e sentir a melhor sensação do mundo, percebi que era a vida que eu deveria seguir: a vida musical.

VRNews: De lá pra cá, qual a diferença?

Bastante coisa mudou, pois hoje vivo somente de música. Levo muito a sério a profissão. A galera da noite me chama de careta por não ingerir bebida alcoólica antes e durante os shows. Não ligo muito para os comentários hahaha. Por dois motivos: mantenho a integridade vocal e o respeito ao público. Minha voz é meu instrumento de trabalho, pretendo continuar cantando durante anos ainda. Há mais de 12 anos faço aulas semanais de canto e a cada dia aprendo mais. Toda vez que subo num palco é uma grande lição e a entrega pela arte cresce. Sou eternamente grata a todas as conquistas que vêm surgindo.

 

Foto: Divulgação.

 VRNews: Como foi participar do A Chance Music Festival do Claymore?

Foi um divisor de águas. No começo entrei no festival para ter mais uma oportunidade de ser vista e executar minhas músicas. De repente, estava na final do concurso. Em jogo: gestão de carreira, contrato e distribuição digital com a Sony. Fiquei em terceiro lugar e fui premiada com tudo isso e mais um EP de 3 músicas por conta da gravadora. Já iniciamos algumas reuniões e temos um planejamento para trabalhar juntos durante alguns anos. Estou muito feliz e já considero tudo isso como um grande sucesso, em tão pouco tempo. Comecei independente e agora tenho um selo. É de se ficar muito feliz, não?

 

Foto: Nay Klym

VRNews: Esse ano vários clipes já foram lançados, como foi todo esse processo?

Foi um processo de muito estudo e trabalho. Meu primeiro trabalho solo autoral foi lançado ainda este ano, em janeiro. E de lá pra cá ele tem dado bons frutos. Foram 3 músicas lançadas com videoclipes, produzidos pela Arquiteto Cinema, meus grandes parceiros e excelentes profissionais. Acho muito bacana a música interagir com o vídeo, pois aproxima o ouvinte de uma imagem. Música é um pacote completo: conceito, imagem, áudio, letra e mensagem.

Confira o último clipe lançado:

 

VRNews: Aqueles ídolos que te impressionam sem esforço?

Vários! Como cantores: Janis Joplin, Chris Cornell, Axl Rose, Steven Tyler, Lzzy Hale, Lady Gaga (sim, sou fã), entre muitos outros.

Na guitarra fico com Tom Morello (pelos timbres e pegada, que eu amo), Matt Bellamy do Muse, Eric Clapton e Jimi Hendrix. 

VRNews: Quais são os projetos futuros?

Já estou trabalhando em um novo single. Em setembro finalizo as gravações e pretendo lançá-lo ainda este ano. Para ano que vem vou trabalhar no novo EP, com novas composições e referências. As músicas vêm sempre acompanhadas de videoclipes, então podem esperar por coisas muito legais! E claro, vou continuar trabalhando na carreira e em busca de muito mais shows e espaço no cenário do rock nacional. 

VRNews: O que você diria para o seu “eu” do passado?

“Continue”

Foto: Nay Klym

Papo Reto:

1-      Obra prima: Bohemian Rhapsody

2-      Uma paixão: Música

3-      O melhor show: Kiss 2015 – Curitiba (do que vi ao vivo)

4-      Queria fazer um som com: Chris Cornell (quem sabe em outra vida)

5-      Um esporte: Futebol

6-      Aquele cover que você ama cantar: Aerials – System of a Down

7-      Férias perfeitas: Praia

8-      Lugar perfeito para compor: Qualquer lugar

9-      Uma confissão: Não sei andar de bicicleta (triste)

10-  Johaine por Johaine: Uma eterna sonhadora, mas que não tira o pé do chão. Persistente e apaixonada pelo que faz. Tem um lado palhaça que a faz ver a vida mais leve, mas quando fica brava é melhor sair de perto, hahaha. Demora para se decidir (como uma boa libriana que é), mas quando toma suas decisões e faz planos, só se satisfaz quando os cumpre e vai até o fim (e não tem quem tire isso de sua cabeça). Aquela boa amiga que tem uns conselhos da hora, que nem ela mesma segue as vezes. Viciada em café preto com chocolate, odeia acordar cedo e estuda música todo dia, mas queria mesmo era nascer superdotada (não rolou). Já foi mais seletiva com a música, hoje respeita e escuta de tudo, afinal, em tudo há aprendizado. Quando está com sono não fala com ninguém e de TPM chora em propaganda de margarina. Adora cozinhar e pede desconto em tudo o que compra, para honrar o sangue árabe. E consegue desconto.

Foto: Nay Klym